Manifesto Viramundo
- Leo Viramundo
- 17 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Vejo todo mundo discutindo... Chovem acusações e sobram “ismos” em quase tudo o que estão dizendo.
Na minha humilde opinião, há um fabuloso equívoco, um equívoco histórico. O equívoco em forma de espetáculo, um maravilhoso simulacro, sistematicamente atraente. E viciante.
O problema não é o capitalismo ou o socialismo, o judaísmo ou o islamismo, cristianismo... Não é esse o abismo. O problema está no racismo, no machismo, no fascismo... o problema é o fanatismo. E, principalmente, o problema é o “achismo”.
O problema mais profundo é nos enjaularmos nos “ismos”.
Por isso, o abismo.
Podia ser anarquismo. Podia ser humanismo. Podia ser até dadaísmo que não ia fazer diferença nenhuma. Porque ainda reina a indiferença, não importa a crença. O que falta é uma mudança na forma com a qual a gente pensa.
O raciocínio que resolve as questões está correto. E o resultado destas operações é necessariamente este que aí vemos. Não é aí que está o erro. É preciso inverter o raciocínio, pois o mundo está todo invertido. A verdadeira problemática, a que cria todos os outros problemas, é um grosseiro equívoco histórico e cultural na lógica que elabora a equação. O resultado da conta só será diferente quando a equação for outra. E isso é lógico.
A gente enxerga diferença porque a gente sempre projeta o que pensa sobre aquilo que estamos vendo. E vemos tudo através da lente turva deste equívoco intrínseco e essencial. Se você pensar um pouco, vai olhar pro outro e ver que no fundo é todo mundo gente. Nada mais, nada menos. Somente gente. Não faz diferença se é homem ou mulher, do que gosta ou o que quer, o que pensa ou o que sente, não importa se reza pra alguém, seja para quem for, ou se é descrente, se tem ódio ou se tem amor, não faz diferença se tem muito ou se tem pouco, se manda ou se obedece, se é caridoso, cretino ou indiferente, não importa se é branco, negro, vermelho, azul, amarelo, colorido, cor-de-burro-quando-foge ou transparente... Daqui ninguém leva nada. No fim, ninguém tem nada. No fim, ninguém é nada. A gente sempre passa e, no fim, é todo mundo só gente. E isso tudo é exatamente o que é ser gente.
Mas, de um jeito ou de outro, ta todo mundo no mesmo barco.
E ninguém sabe direito pra onde ele vai.
Pra bem e pra mal, ta todo mundo no mesmo barco.
Meu nome é Leonardo. Me tornei Viramundo em virtude de um amor muito profundo.
E a trilha deste amor foi quem me trouxe aqui. É preciso virar o mundo. Por minha própria conta e risco, coberto apenas pelas minhas paixões e sustentado apenas pelos meus pés, declaro a supremacia do amor sobre o imaginário de todas as nações.
Pois é no imaginário que a realidade é construída.
No imaginário e nos corações.
Commentaires