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Viver é osso duro, mas a gente tem dente!

  • Foto do escritor: Leo Viramundo
    Leo Viramundo
  • 26 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

O preço da vida sobe feito foguete,

Mas pra matar custa muito pouco.

Tem bacana bebendo champanhe

E muita gente passando sufoco.

Tem tanta gente sem presente

E sempre sonhando com o futuro.

Olhando através dessa gente,

Vi um recado escrito no muro:

“Viver é osso duro.

E tanta gente sem dente!”

Dizem que o progresso não tem freio,

Mas ninguém sabe onde ele vai.

A propina ninguém sabe de onde veio,

Mas o do imposto todos sabem onde cai.

Pra quem não tem presente,

Não há passado nem futuro.

Olhando através dessa lente,

Cabe à gente sair do escuro.

Viver é osso duro.

Mas a gente tem dente!

O medo do mundo... O teatro do estado... Controles da mente.

O controle nas ruas... A gente sem rosto... Seguindo adiante...

Viver é osso duro. E tanta gente sem dente...

A gente nas ruas... As ruas em fogo... Os ânimos quentes...

Viver é osso duro, mas a gente tem dente!

 
 
 

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Revirando o mundo, até ao fundo abismo desce

Em seus avessos empreendimentos estéticos.

Invertendo os contextos, entretanto, se esclarece

No enigma sutil de seus invertextos entrepoéticos.

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