Meu nome é grito, é trovão.
- Leo Viramundo
- 14 de mai. de 2017
- 1 min de leitura
Nascido nos recônditos das matas litorâneas, em refúgio de bandoleiros da ordem social, crescido nas brenhas bravias dos sertões do macacu, entre piratas do pensamento, índios cortadores de cabeça e os seres da floresta. Certo dia arregacei minhas mangas, calcei minhas botas e varei como clandestino os mares do imaginário. Andei por pradarias, subi montes. Vi terras distantes. Fui errante, forasteiro. Fui, voltei, sorrateiro. Invisível garimpeiro dos momentos verdadeiros. Fui chama, fui brasa, fui cinza. Retornei às terras do alto pra montar minha tripulação, construir meu navio e compôr a definitiva canção. Com a faca nos dentes, domar as serpentes, cavalgar os ventos uivantes. Ganhar o mundo, escrever nos muros. Beber os sonhos fermentados da mente, E os obscuros destilados do coração. Eu nasci no olho do furacão. Meu nome é grito. É trovão. Às vezes me chamam João. Vim buscando o mistério, Não a solução. Às vezes me chamam questão. Eu anuncio a tempestade. Meu nome é grito, é trovão!
コメント